Ensaio: Descobertas sobre o Amor

Hoje em dia a concepção de amor está um tanto quanto deturpada, vemos, por exemplo, um casal de namorados em seu primeiro dia de namoro já diz "eu te amo", ou seja, esse "amor" está realmente banalizado, não houve o tempo para vivenciar as etapas de se amar, e acerca deste tema, não podemos simplesmente “queimar” etapas ou escolher de quem gostamos, apenas acontece. Agora tratemos amor como em sua forma mais pura e imaculada, amor é algo inexplicável, que beira a loucura e o inacreditável, poucos podem realmente dizer-se amantes (outra palavra banalizada, pois amante é quem ama e não apenas traição!). Vamos por partes, analisando da seguinte forma, um homem se apaixona por uma mulher. Paixão é algo menor que o amor, pois é passageiro, e envolve mais afinidade e desejos carnais que outras coisas, mas paixão também é maior que um "simples gostar", logo a paixão leva a duas alternativas, o amor ou não. Nos casos de casamentos falidos ou supostas obrigações, o que ocorre é que uma das duas ou ambas as partes do relacionamento, são(é) tentado(s) a aceitar que a outra pessoa a ama e que seria injusto (ou com medo de magoar) largar esta pessoa, o que torna-se acomodação, e isso sim geram casamentos forçados e separações. Outro ponto que pode incitar a rompimentos e/ou desafetos, é que em nossa vida encontramos por ano, pelo menos uma pessoa que nos é receptível a afinidades, em outras palavras, um amor em potencial. Mas o que ocorre é, que temos a ilusão de que amar e ser amado são uma perfeição, que não haverá brigas, discussões e afins. Então pense assim: um cara que encontra a mulher ideal, casa com ela e depois com o tempo a vida vai mostrando que existem problemas mesmo entre dois amantes e o cara não entende isso, e conhece outra mulher que, como já havia dito pode ser uma possível combinação, e ele acha melhor separar-se da outra para se unir a esta. Mas é neste ponto que queria chegar, pois mulheres em potencial de amantes, irão aparecer na nossa vida e se toda vez que uma se portar melhor que outra nós trocarmos de mulher, nunca teremos uma de verdade, assim nunca ficando felizes; ou então se deixarmos para escolher quando tivermos em plena maturidade, para não ter medo de errar, corre-se o risco de não encontrar seu amor, pois a vida passa e cada oportunidade perdida pode nunca mais voltar. Então amor é isso, escolher aquela pessoa que meche com seus sentidos, que tem atrativos dos quais você aproveita, e não digo apenas um belo corpo, pois o tempo não perdoa ninguém, e mesmo a mais bela das mortais um dia será uma idosa com corpo envelhecido e quando essa hora chegar, não bastará apenas à lembrança de seu corpo, a mulher terá que proporcionar mais terá que conversar com você e então daí que sai a necessidade de encontrar uma pessoa com quem possa ter uma boa conversa! Não pense também que amar impede que você discuta, brigue, xingue, amando se perdoa, releva, aceita, perde horas em prol de um bem maior, deixa alguns planos de lado para um melhor convívio. Amar é algo maior, pois mesmo que se encontre outra pessoa que lhe desperte outras sensações você sabe que existe alguém para qual parte de sua vida é dedicada, fazendo todo possível pelo bem estar, alegria, preocupando-se com todos os detalhes da mulher; amando se esquece daquela briga violenta e se lembra daquele dia gostoso ao lado dela! Em sua simplicidade, o amor chega a ser complexo, e isso é o excitante, saber que tudo pode ocorrer, esquecendo assim aquela vida pacata onde o futuro está traçado e nenhuma experimentação ocorre. Quem nunca amou de verdade, nunca viveu,como uma vez falou Victor Hugo "Se não há nada que brilhe debaixo da pálpebra é que nada há que pense no cérebro e nada que ame no coração”.

Devaneios Democráticos

A palavra Democracia vem do Grego demokratíae, e traduz o sistema político fundamentado no princípio de que a autoridade emana do povo (conjunto de cidadãos) e é exercida por ele ao investir o poder soberano através de eleições periódicas livres, e no princípio da distribuição eqüitativa do poder. Este princípio governamental é possivelmente hoje, o principal sistema político utilizado pelos paises ocidentais, e em grande número no oriente. E para que tal forma de governo seja mais eficaz em representar “as massas”, existem os partidos políticos, em que pessoas com ideologias iguais são divididas em grupos que representam determinados “tipos de pessoas” (entenda-se, tipos de pessoas se refere a classes socioeconômicas diferentes); essas representações produzem um número alto de partidos, pois todas camadas sociais, associações e sindicatos de qualquer tipo tendem a organizar partidos ou filiar-se a alguns já criados, para assim reter um pedaço deste “bolo” chamado poder, tudo isso com cumplicidade do sistema democrático. Seria realmente uma grande evolução para a humanidade se esta forma de governar fosse aplicável à prática tão bem como se faz na teoria, porem os problemas são muitos e também enormes, uma forma de encarar os fatos seria uma definição de que partidos políticos se assemelham aos times de futebol num campeonato, cada partido político é criado a partir de uma ideologia que pretendem seguir, existem também os políticos que juram seguir seus ideais em prol do partido, mas de acordo com o andamento das votações e de quem entra no poder e de quem sai, os políticos mudam de partido, por uma “melhor conveniência da idéias”, assim levando o partido as urnas para que a maravilha da democracia faça com que o povo “decida” quem nos representará! Da mesma forma os times são criados com amigos que de um determinado lugar que juntos jogam e conseguem patrocínio, estes jogadores amam seu time e comemoram cada gol feito com um beijo no brasão do time em sua camisa, mas de acordo com o poder financeiro do clube, um time pode comprar jogadores de outros times para vencer o campeonato; assim fica a pergunta no ar, e aqueles jogadores que jogavam por amor ao time? Não são como os políticos que lutavam por ideais? Então por que eles mudam de partidos políticos para chegar ao poder mais rápido? No exemplo acima, falei que o povo “decidia” por quem seria representado, normal, logo por que esse é um dos principais fundamentos da democracia porem existe muito informações mais além do que se é conhecido, ou você realmente acha que sua escolha para presidente dois anos atrás foi puramente vontade de mudança? Muitos artifícios são utilizados para comandar nossa escolha como se fossemos marionetes que pensam estar pensando, enquanto o que na verdade acontece, é que a mídia comanda as informações que receberemos, muitas vezes cortando os podres e inventando as qualidades ou no caso inverso de eliminar os atributos favoráveis e implantar defeitos, até mesmo maquiar e omitir informações são meios de controle utilizados por quem controla a mídia. Não quero que sejamos utópicos a ponto de acreditar em um país ideal em que tudo estaria organizado da melhor forma para a felicidade completa da população (tal como foi idealizado por Thomas More e outros utopistas); mas não podemos ser ludibriados de forma grotesca como vem ocorrendo desde a criação da democracia, volto a afirmar que seria perfeito se a tal forma de governar fosse praticável, mas sei que ainda não estamos preparados psicologicamente para praticar a democracia, tanto que mesmo em países descritos como desenvolvidos (outrora denominados de primeiro mundo) por mais que tentem continuam corrompidos por esta e todo poder que ela trás. Não que o grande problema seja a democracia propriamente dita, mas o que gira em torna desta, pois quando se trata de confiar o poder nas mãos de um grupo de pessoas para representar todas as outras é necessário um enorme domínio moral e ético para manter-se honesto e não se perverter.

OBS: Originalmente escrito como um trabalho de Jornalismo Político, sobre democracia...