Crônicas do Incontável

Devaneios e Loucuras escritos por uma criatura que desafia as leis do bom senso!

quinta-feira, maio 06, 2004

Adeus pra quem eu sou!


Minha alma inquieta e atormentada,
Como em um grito de adeus
De meus olhos escorrem as tristes lágrimas,
Não pela despedida que nunca ocorreu
Mas a dor foi emitida a meu corpo
E a sensação de perda é indescritível,
E agora para mim todos são estranhos
Não lembro mais meu nome
Ou quando nos conhecemos
Mas ficou na memória os dias juntos
Alegro-me sabendo que onde você está,
Todos te amam
Para mim o grande desafio não é,
Manter-me com a mente sã,
E sim tentar aceitar,
Fui eu quem sai de sua vida
E não você da minha
Embora minha morte tenha sido chorada
Por muitos,
Apenas sua lágrima foi capaz
De queimar meu coração...
Poesia do Cavaleiro Errante

Passos solitários,
Nada mais que isso, posso afirmar!
Estrada lúgubre,
Já não existem escolhas, nem opções
Para os desgarrados é isso que resta,
Por mais que eu ache que um verdadeiro homem,
É aquele que reconhece e aceita seus erros,
Não posso mais continuar minha jornada assim!
Errei em muitas ocasiões,
Mas nenhuma delas afetou-me tanto
Quanto à única decisão que,
Não me foi me dado escolha,
A decisão de uma mulher,
Decisão que ainda hoje perdura em minhas veias,
E exala pelo meu corpo,
Assim, preso em minha alma!
De minhas mulheres,
Muito tenho a dizer,
Um livro sobre tal, quem sabe,
Ainda hei de escrever!
Porém a triste verdade conheço,
Não existe mulher que eu não conquiste,
E talvez por isso não houve uma que,
A meu lado permanecesse,
Mas trocaria tudo isso, por uma,
Apenas uma,
A mais perfeita e a única que realmente me deixou,
A que não foi deixada!
Seu nome ainda causa-me furor e lágrimas!
Tem ela, meu coração, mente e alma!
Choro não por saber que não temos um ao outro,
E sim por saber que ela também pensa em mim,
Mas que não poderíamos continuar juntos!
E contento-me com as lembranças,
Que trago comigo e que guardarei até o dia,
Em que minha alma partir deste mundo!
E mesmo além,
Mesmo depois,
Sei que nada me fará esquece-la!
Ela me foi o tudo e o nada!
E assim, ela, continuarei amando,
Por toda eternidade...

Cavaleiro das Trevas

Um som ao longe pode ser ouvido,
Estridente, melódico e melancólico,
Como as trombetas do inferno,
Talvez sendo tocadas,
Por risonhos e deformes esqueletos da morte,
Aprisionados no fundo d’alma de um homem,
Que em sua plena confusão de insanidade,
Liberta tais demônios de seu corpo,
Para que completem o desejo de consumação,
Sua destruição começou de dentro para fora,
E agora não importa mais,
A fusão do ser com as trevas está no fim,
Esse homem está perdido, sozinho,
E seu caminho não tem mais volta,
Uma lembrança, intensa como fogo,
Alastra-se por toda sua mente distorcida,
Acalmando, retirando-o do frenesi animalesco,
Enquanto a besta se agita querendo voltar,
Agora é tarde, a lembrança daquela forma o salvou...
E ele morreu em paz!